Diante da crise econômica que o Brasil atravessa, cada vez mais o agronegócio tem se consolidado como um dos grandes responsáveis pela geração de emprego e renda no país. Com isso, culturas que produzem alimentos com melhor qualidade têm mais chances de conquistar espaço no mercado e para isso a ciência vem se tornando uma grande aliada.
Um artigo publicado na Revista Bragantia sobre a “Eficiência de uso do Nitrogênio em cultivares modernas de trigo”, trata de um estudo que avaliou 12 cultivares de trigo em relação à eficiência do uso do Nitrogênio (EUN) e seus componentes. Ela é definida como a capacidade de determinado genótipo em aproveitar nitrogênio (N) aplicado e transformá-lo em fitomassa e grãos. A busca por cultivares mais eficientes no uso do nitrogênio é um dos principais objetivos dos programas de melhoramento genético de trigo.
Foram avaliadas 12 cultivares de trigo, desenvolvidas por diferentes programas de melhoramento e com expressiva área semeada nas safras agrícolas de 2012 e 2013 na Região Sul do Brasil. O experimento foi conduzido em ambiente controlado.
Giovani Benin, professor do curso de Agronomia da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), um dos autores da publicação, explica que a eficiência de remobilização do Nitrogênio (ERN) foi o principal componente da eficiência do uso de nitrogênio das cultivares avaliadas, tanto na condição de baixa quanto na de alta oferta de adubação nitrogenada. “A eficiência de uso do nitrogênio pelas cultivares avaliadas decorre principalmente da capacidade destas em remobilizar o nitrogênio absorvido para a produção de grãos. As cultivares de trigo Mirante, TBIO Itaipu, BRS Parrudo e TBIO Iguaçu são as mais eficientes no uso do nitrogênio, sendo as duas primeiras também mais eficientes na remobilização do elemento”, afirma Benin.
O artigo na íntegra está disponível em: http://www.scielo.br/pdf/brag/2016nahead/pt_0006-8705-brag-1678-4499385.pdf
Leandro Rocha (4toques comunicação)
leandro@4toques.com.br