Associação Brasileira de Editores Científicos – ABEC Site oficial da ABEC Brasil
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A Associação Brasileira de Editores Científicos (ABEC Brasil) realizou, nesta quarta-feira, 23, o segundo dia do ABEC Meeting Live 2020 – 35 anos de ABEC Brasil. Foram mais de 170 participantes durante nesta tarde de evento, totalmente online.
A primeira mesa redonda, de tema “O que fazer diante de má conduta: pontos de vista moral e legal”, foi ministrada por Eli Lopes da Silva, do Conselho Deliberativo da entidade.
Nesta, Christian Perrone, do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio (ITS-Rio), tratou de “Creative Commons – Direitos autorais em benefício do usuário”, “O Creative Commons dá um tipo de licença aberta, que possibilita criar em cima de outra obra anterior já publicada. Garante os direitos do autor, mas permite que outras pessoas utilizem para novos contextos, desde que respeitadas as licenças estipuladas”, diz.
Luciana Christante de Mello, Springer Nature, abordou “Direitos autorais, plágio e reciclagem de texto”. “A prevenção do plágio não necessariamente elimina a violação do copyright e vice-versa. Também temos o ‘autoplágio’, quando um autor utiliza trecho de uma obra previamente publicada de sua autoria. Podemos chamá-lo de reciclagem do texto. É preciso ficar atento a isso”, cita.
Mariana Ribeiro, do Instituto de Bioquímica Médica da UFRJ, explicitou “Entendendo a dinâmica de retratações pela perspectiva do Retraction Watch”. “No contexto brasileiro, o plágio foi o maior motivo encontrado dentro das retratações de artigos científicos. Seja plágio de imagem, texto ou não identificado. E um estudo aponta a má conduta como responsável por 47% da retratação dos artigos observados”, aponta.
Segunda parte
Com moderação do presidente da ABEC Brasil, professor Sigmar Rode, a segunda mesa redonda debateu “Plágio: o quê, como, quando?”.
Marcelo Krokoscz, da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP), discorreu sobre “Sistema de detecção de similaridade: qual é o número mágico”. “Similaridade não é plágio, são coisas diferentes. E números mágicos para o plágio são relativos. Ele vai além do copiar e colar. Além disso, a revolução digital influenciou nos manuscritos e vai aumentar a exigência da qualidade do texto científico do ponto de vista do conteúdo e da forma”, traça.
Carmen Penido, da Fundação Oswaldo Cruz, desenvolveu “Transparência nas notas de retratação: a dimensão do plágio”. “A retratação funciona como um mecanismo de correção da literatura, um alerta sobre artigos não confiáveis. Ele garante integridade e confiabilidade da ciência. No entanto, é associado à fraude e a um impacto negativo na carreira. Por isso, precisa de clareza e transparência”, ressalta.
Edna FS Montero, Segunda Tesoureira da ABEC, palestrou sobre “Similarity Check – Interpretação do Editor”. “É importante ter relatórios bem elaborados sobre similaridade, já que vamos enviar aos autores para alterar. Os editores também precisam interpretar, utilizando os softwares necessários, os dados recebidos, para fazer bem o seu papel”, enfatiza.
Cinco minutos
Na última atividade do dia, a Sessão de Comunicação Oral trouxe 5 apresentações, com pesquisadores do Brasil e um da Bolívia, de temas voltados a periódicos científicos. Os participantes tiveram cinco minutos, cronometrados, para sintetizar seus trabalhos. Em seguida, responderam perguntas sobre seus temas.
Próximo encontro
Na quinta-feira, 24, ocorre o terceiro dia de eventos, a partir das 14h. Serão duas mesas redondas, “Como o modelo econômico afeta o meu periódico” e “Avaliação de periódicos pela Capes”, e nova Sessão de Comunicação Oral.
Os detalhes e a programação completa podem ser acessados em https://meeting20.abecbrasil.org.br.
Tadeu Nunes (4toques comunicação)
comunicacao@abecbrasil.org.br
