O açaí é uma fruta consumida por muitos brasileiros, sendo uma das principais fontes de alimento da população da região Amazônica. O sucesso do produto levou-o a outras regiões do país, o que aumentou a demanda e, consequentemente, a necessidade de uma boa higienização e cuidados com a fruta.
Assim, as autoras Caroline Alves Cayres, Karen Signori Pereira (ambas da Universidade Federal do Rio de Janeiro) e Ana Lúcia Penteado (da Embrapa Meio Ambiente) produziram o artigo “Qualidade microbiológica de açaí industrializado”, publicado na Revista Higiene Alimentar, v.30, n.268/269, de maio/junho 2017, periódico associado da ABEC.
No estudo, foram analisadas microbiologicamente 54 amostras de açaí tipo fino congeladas e sem adição de quaisquer outros ingredientes, adquiridas no comércio varejista da cidade do Rio de Janeiro. Todas elas encontravam-se dentro do prazo de validade e suas empresas eram registradas.
Os micro-organismos analisados foram Salmonella, Escherichia coli, fungos filamentosos e leveduras, de acordo com o padrão da legislação brasileira vigente.
O resultado foi de que 2 lotes de três marcas diferentes e 1 lote de outras duas apresentaram contagens acima do permitido para fungos filamentosos e leveduras. Apenas 2 amostras apresentaram contagens de Escherichia coli, ambas fora do máximo estabelecido pela legislação. Nenhum indício de Salmonella foi encontrado nas amostras.
Por fim, o artigo conclui que a presença de fungos filamentosos, leveduras e Escherichia coli pode ser um indicativo de práticas inadequadas durante a fabricação do açaí. Portanto, ressalta-se a necessidade de um controle rigoroso do processo de congelamento, já que estes micro-organismos podem ser responsáveis pela deterioração da fruta.
O artigo pode ser lido, na íntegra, no link https://goo.gl/T5KNk5.
Tadeu Nunes (4toques comunicação)
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