Autoria: Nathalia Roberta Pires de Camargo, Rosane de Souza Santos e Mariana Fernandes Costa.
A alimentação possui um papel importante na vida das pessoas, não apenas por razões fisiológicas, mas também considerando aspectos sociais e psicológicos que envolvem a comida.
Em razão da transição epidemiológica global, grande parcela da população convive com uma série de doenças crônicas, entre elas o câncer. Nesse contexto, os cuidados paliativos emergem como uma abordagem que visa à melhoria da qualidade de vida de pacientes e familiares, por meio da prevenção e alívio do sofrimento, da identificação precoce, do tratamento da dor e de outros problemas de natureza física, psicossocial e espiritual.
Na doença avançada, frequentemente alterações nas experiências alimentares trazem grande sofrimento, sendo a “dieta de conforto” muito utilizada nessa prática clínica, porém sem um consenso sobre sua definição.
O artigo “Dieta de Conforto em Cuidados Paliativos Oncológicos: Reflexões sobre os Sentidos de Conforto da Comida” busca evocar reflexões sobre o que engloba a “dieta de conforto” na área dos cuidados paliativos oncológicos.
O conforto pode ser definido como um fenômeno multidimensional, sendo uma experiência fortalecida pela satisfação das necessidades de alívio, tranquilidade e transcendência, atendidas em quatro contextos: físico, psicoespiritual, sociocultural e ambiental. A dieta pode ser capaz de confortar em todos esses aspectos, mediante o alívio de sintomas, resgatando memórias afetivas, fortalecendo o vínculo com familiares e maximizando o potencial de vida diante do adoecimento. A individualização deve ser o guia para a tomada de decisão sobre a dieta, considerando as diversas dimensões do conforto e compreendendo toda a subjetividade que um termo pode assumir.
Confira na íntegra em https://doi.org/10.32635/2176-9745.RBC.2023v69n2.3828