quinta-feira , 25 de abril de 2024
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Para pesquisadora da Unicamp, curso da ABEC Brasil será uma oportunidade para os jovens editores aperfeiçoarem seu trabalho

Germana Barata também é pesquisadora visitante da Universidade Simon Fraser, no Canadá e uma das autoras do blog Ciência em Revista

 

A Associação Brasileira de Editores Científicos (ABEC) promoverá, entre os dias 21 e 23 de junho, o XXV Curso de Editoração Científica (CEC).  O objetivo do evento, que será realizado no auditório “Altino Antunes”, da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (FMVZ-USP), é capacitar os participantes para praticarem uma divulgação científica de qualidade. Serão realizadas palestras e mesas-redondas que trarão aos participantes temas discutidos mundialmente. As vagas são limitadas e as inscrições com desconto se encerram neste domingo, 21 de maio.

GermanaGermana Barata (foto), membro do Conselho Deliberativo da ABEC e uma das autoras do blog Ciência em Revista, avalia que o CEC será uma oportunidade para jovens editores – de idade ou de experiência – aperfeiçoarem o trabalho editorial. Para ela, muitos editores de primeira viagem aprendem fazendo, antes de receber orientações e treinamento.

“Como qualquer função, é preciso entender não apenas as tarefas cotidianas, mas também os atalhos que facilitam os trâmites; no caso da editoração, os caminhos para  indexação, conversão de arquivos, financiamentos e editais, publicação online, em acesso aberto, entre outras. E o Curso de Editoração Científica ainda atualiza os editores e a equipe editorial e lhes dá a oportunidade de participarem dos principais debates que envolvem as publicações científicas”, afirma Germana, que também é pesquisadora do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo (Labjor), do Núcleo de Desenvolvimento da Criatividade (Nudecri), da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e pesquisadora visitante da Universidade Simon Fraser, no Canadá.

De acordo com a pesquisadora, a melhoria da qualidade das revistas científicas não depende apenas da equipe editorial, mas também de autores e pareceristas cuja participação é chave para a qualidade das revistas. “Eles também podem, portanto, usufruir dos aprendizados do CEC”, destaca.Print

Os avanços da divulgação científica – Questionada sobre os impactos das mudanças pelas quais a divulgação científica passou nos últimos anos, Germana diz que a internet revolucionou a comunicação, sobretudo a partir do crescimento das redes sociais como uma das principais fontes de informação e debate social. Ela pondera que a rapidez, o acesso e a possibilidade de produção e consumo de informação por vários atores sociais mudaram o cotidiano das pessoas.

A produção de conhecimento que era bastante concentrada na mão de alguns agora está ao alcance de qualquer internauta. Multiplicaram-se as vozes e as fontes de informação, mas, ao mesmo tempo, estamos diante de um oceano de informações com qualidade duvidosa. Isso quer dizer que precisamos ensinar formas de averiguar a credibilidade da informação”, comenta.

Para Germana, é possível também descobrir formas novas e criativas de fazer divulgação científica como os vlogs (a versão em vídeo dos blogs), muitos dos quais feitos por pós-graduandos e que, em sua opinião, contribuem para o debate sobre ciência com o público não especializado com qualidade. “Este ainda é um grande desafio da divulgação científica, dialogar com o público não acadêmico”, ressalta.

Redes sociais e as revistas científicas – A pesquisadora diz entender que as revistas científicas também estão diante de uma grande transformação. Ela argumenta que as redes sociais não são apenas uma plataforma na qual elas podem ganhar visibilidade (sob a perspectiva do marketing científico), mas também desempenharem um papel social relevante na medida em que o conhecimento que publicam pode ser apreendido e utilizado pela sociedade sem intermediários. “Vindas de uma tradição de 350 anos, as revistas científicas, tradicionalmente o veículo de publicação científica de maior relevância e prestígio para falar entre pares, podem agora falar para um público muito mais amplo e sem intermediários”, aponta.

Desafios dos editores científicos – Germana coloca que o principal desafio dos editores científicos atualmente ainda é manter a revista de pé e com qualidade. Mais do que isso, no entanto, é preciso que a revista se justifique, ou seja, que ela seja lida e cumpra um papel acadêmico ou social. “Não adianta apertarmos os critérios de qualidade das revistas se não dermos as condições financeiras para que atinjam esse mérito”, conclui.

Leandro Rocha (4toques comunicação)

comunicacao@abecbrasil.org.br

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