quinta-feira , 28 de março de 2024
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Extensão universitária, culturas indígenas e a cartografia abissal: resistência e patrimônio cultural

A realidade universitária no Brasil vivenciou, em 2012, a sanção da Lei 12.711/2012, popularmente conhecida como Lei de Cotas, que assegurou a reserva de uma porcentagem das vagas dos processos seletivos de universidades e institutos federais à candidatos autodeclarados pretos, pardos e indígenas.

Palco do estudo que deu origem ao artigo “Extensão universitária, culturas indígenas e a cartografia abissal: resistência e patrimônio cultural”, produzido pelos autores Monica Filomena Caron, Hylio Laganá Fernandes e Luiz Carlos de Faria, a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), adiantou-se a essa norma nacional e oferece vagas exclusivas aos candidatos indígenas desde 2008. A instituição também disponibiliza bolsa-auxílio para garantir a permanência desses estudantes na vida universitária. Esse arranjo trouxe à tona questões como a convivência dos universitários indígenas entre si, com estudantes não-indígenas e também com a comunidade externa, que são justamente o tema analisado pelos três pesquisadores.

O trabalho, publicado na Extensão Tecnológica: Revista de Extensão do Instituto Federal Catarinense, periódico associado à ABEC Brasil, relata uma atividade de extensão ocorrida no campus de Sorocaba, com o objetivo de dar visibilidade à existência dos indígenas, historicamente apagada na universidade, dando destaque para a participação de representantes de diferentes etnias em uma obra/instalação artística. As ações ocorreram num evento artístico de 12 de agosto a 3 de dezembro de 2017, buscando provocar a reflexão para o olhar desatento ao invisível, a terra sagrada oculta nos gramados por onde caminham os universitários agora.

Em caráter conclusivo, o texto de Caron, Fernandes e Faria se encerra tratando de formas de se promover um convívio harmônico, respeitando o passado sem negá-lo nem reescrevê-lo a melhor imagem, mas sim ouvindo o que a outra parte da história, contada aqui pelos universitários indígenas, têm a nos ensinar e usar isso como reflexão e meio para evoluir o convívio em sociedade.

Para conferir o artigo completo, acesse o link:

https://doi.org/10.21166/rext.v7i13.1201

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