A tilápia-do-nilo (Oreochromis niloticus) atualmente é uma das espécies mais cultivadas do mundo. Trata-se de um peixe com grande capacidade de adaptação, baixo custo de produção, elevada resistência a doenças, atingindo peso comercial em pequeno intervalo de tempo. Além disso, sua carne é de alta qualidade, o que possibilita excelente aceitação dos consumidores
Os últimos dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MPA, 2014) mostram que o país produz 1,25 milhões de toneladas de peixe, e deste total, 38% de peixes de aquacultura. A atividade gera um PIB de R$ 5 biliões e mobiliza mais de 800 mil profissionais, proporcionando 3,5 milhões de empregos diretos e indiretos.
No entanto, esse mercado aquecido exige que que essa espécie de peixe tenha que ser constantemente transportada para chegar até o mercado. Condição essa que faz aumentar o estresse do animal.
Para propor uma alternativa a essa situação, o estudo “Óleo essencial de Lippia alba no transporte de tilápia-do-Nilo”, publicado no volume 47, número 3, da Revista Ciência Rural, teve como objetivo verificar a ação do óleo essencial de Lippia alba (EOLA) na resposta de estresse para o transporte de tilápia-do-Nilo Oreochromis niloticus . Os peixes foram transportados por 8 horas, sob três tratamentos (triplicata) e os níveis plasmáticos de glicose foram significativamente menores em peixes expostos a 20µL L-1 de EOLA, em relação com o grupo controle e os peixes expostos a 10µL L-1 de EOLA, mas, cortisol, lactato e paraoxonase plasmáticos foram similares. Amônia não-ionizada e taxa de ventilação demonstraram redução significativa nos tratamentos com EOLA.
Com isso, conclui-se que o uso de 20µL L-1 de EOLA é indicado para o transporte de tilápia-do-Nilo.
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Leandro Rocha (4toques comunicação)
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