Um estudo desenvolvido no Instituto de Aeronáutica e Espaço, organização do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA/IAE) resultou no artigo “Anomalous Behavior of a Solid Rocket Motor Nozzle Insert During Static Firing Teste”, publicado pelo Journal of Aerospace Technology and Management (Vol 8, nº 4). A pesquisa, de autoria de Ronald Izidoro Reis, Wilson Kiyoshi Shimote e Luiz Cláudio Pardini, avaliou o comportamento do consumo da proteção térmica rígida da tubeira durante o ensaio de queima estática do motor foguete. De acordo com a publicação, a tubeira de um motor a combustível sólido, utilizada no teste, era constituída dos itens: ponteira metálica, tampa traseira convergente e inserto de grafite.
“O consumo do inserto quando se usa combustível metalizado, pode se dar por erosão mecânica em certas seções e também por erosão química que decorrem de processos endotérmicos, como: fusão, sublimação, vaporização, transformações químicas e decomposição do material”, aponta um dos trechos do artigo.
O trabalho apresenta a análise do consumo do inserto na região da garganta (região interna do inserto) após os testes de queima estática do motor com tempos de queima de 9s, 37s e 55s. “Notou-se em todos os tempos a formação inesperada de uma fina camada de material depositada no convergente e garganta do inserto após os testes. A camada de material depositada foi analisada por Espectroscopia de Raio X (EDX) e Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV)”, acrescenta a publicação.
Os resultados analisados por EDX e MEV mostraram a presença de alumínio e carbono na camada depositada. Finalmente, o material foi analisado por difração de raios-X (DRX) e os resultados indicaram a presença de óxido de alumínio que é proveniente do alumínio presente na formulação.
O artigo, na íntegra, pode ser acessado em:
http://www.jatm.com.br/ojs/index.php/jatm/article/view/663
Leandro Rocha (4toques comunicação)
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