Ter que controlar a alimentação, os horários certos para uma série de medicamentos e, muitas vezes, ter que ficar preso a uma máquina de diálise. Infelizmente essa é a rotina de quem sofre e convive com doença crônica renal (DRC). A enfermidade provoca a perda lenta do funcionamento dos rins, que tem o papel de remover os resíduos e o excesso de água do organismo. Trata-se de uma pandemia que cresceu vertiginosamente nas últimas décadas [muito associado à outras doenças como hipertensão e diabetes] e hoje atinge quase 15% da população mundial.
Paralelamente, o crescimento desse preocupante cenário estimulou que novos estudos surgissem sobre o tema. Um artigo, em especial, publicado pela Revista Científica da Faculdade de Medicina de Campos, no Rio de Janeiro, [Vol. 8, nº 2, 2013], periódico associado à Abec, abordou um tema que continua atual: a anemia em pacientes com doença renal crônica. Ele traz um levantamento minucioso sobre as principais publicações científicas no período de 2000 a 2011. Os dados foram obtidos a partir da base de busca de artigos científicos Scopus, disponível no Portal de Periódicos da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior).
Entre os números mais relevantes, o artigo faz um comparativo entre países. Os Estados Unidos aparecem em primeiro, com mais de 5,4 mil publicações (28%) sobre anemia em pacientes com DRC. Na outra ponta, o Brasil possuía até então apenas 278 publicações (1,5%). O estudo ainda traz os principais periódicos e instituições, nacionais e internacionais, que trabalharam em cima deste mesmo assunto e destaca a importância da realização de novas pesquisas a respeito para que medidas preventivas possam ser implementadas com foco na qualidade de vida dos pacientes que sofrem de insuficiência renal.
O artigo pode ser conferido na íntegra no seguinte link: file:///C:/Users/Usu%C3%A1rio/Downloads/Artigo_ABEC_Shaytner_Revista_cientifica_FMC%20(1).pdf. Ele é assinado por Letícia Silva Mesquita, aluna de graduação da FMC; Shaytner Campos Duarte, professor doutor da FMC; Eduardo Shimoda, professor doutor da Universidade Candido Mendes; Heloisa Alves Guimarães, professora doutora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Fluminense; Fernanda de Oliveira Pinto, professora doutora da Faculdade Metropolitana São Carlos; além de Dalcio Ricardo de Andrade, professor titular da Universidade Estadual do Norte Fluminense.
Igor Medeiros (4toques comunicação)
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