terça-feira , 3 de dezembro de 2024
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As classes nouvelles e a atual reforma do ensino médio

O modelo pedagógico das classes nouvelles, que representou a inovação no ensino secundário francês a partir de 1945, pode contribuir para a reforma do ensino médio em curso no Brasil.

7110255253_7d6ccd4fcb_bAs classes nouvelles apresentavam, entre outras, as seguintes características: limitação de 25 alunos por turma, número reduzido de professores por turma, uso de fichas de observações detalhadas da personalidade e comportamento de cada aluno, métodos ativos personalizados e cooperativos, o estudo do meio natural e humano, redução da dicotomia entre o trabalho manual e o trabalho intelectual, ciclo de orientação e de observação, conselho de turma, ênfase no diálogo entre professores e pais e preferência pelo ensino das línguas modernas.

Esse ensaio pedagógico alternativo foi idealizado e concretizado pelo educador Gustave Monot, que era vinculado ao movimento da Escola Nova e engajado na luta pelo pacifismo.

As classes nouvelles serviram de inspiração para professores brasileiros criarem as chamadas classes secundárias experimentais – a primeira experiência de renovação do ensino secundário brasileiro. Assim, houve um uso brasileiro do modelo pedagógico francês como em relação à redução do número de alunos por sala, pois, enquanto nas turmas francesas o limite era de 25 alunos, nas classes secundárias experimentais o número máximo era de 30 estudantes.

De outra parte, nas classes secundárias experimentais, constata-se a presença de estratégias didáticas como métodos ativos, a importância da orientação pedagógica no respeito às aptidões dos alunos, a integração curricular, a imprescindível exigência da reunião periódica de professores, a tendência ao regime de tempo integral, especialmente por meio do oferecimento de atividades extraclasse e o envolvimento dos pais dos alunos no trabalho escolar. O modelo pedagógico das classes nouvelles, portanto, tem atualidade e pode contribuir, efetivamente, para responder aos desafios atuais do ensino médio brasileiro.

O artigo pode ser conferido na íntegra no link https://goo.gl/USGctJ

Norberto Dallabrida
Professor da Universidade do Estado de Santa Catarina

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