A relação entre médico e paciente faz toda a diferença no tratamento. A comunicação e a humanização são primordiais para obter a excelência no cuidado em saúde. Pacientes com deficiência auditiva, por exemplo, tendem a ter problemas para se expressar de maneira clara sem utilizar a Língua Brasileira de Sinais (Libras) em consultas.
Pensando nisso, os autores Andrezza Resende Dias, Cinthya Rodrigues Coutinho, Deborah Rocha Gaspar, Leticia Moeller e Marcelo Mamede produziram o artigo “Libras na formação médica: possibilidade de quebra da barreira comunicativa e melhora na relação médico-paciente surdo”, publicado na Revista de Medicina, v. 96, n. 4, de 2017, periódico associado da ABEC.
O estudo avaliou a quantidade de médicos recém-formados pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) com domínio da Libras. Para isso, foi aplicada uma entrevista aos alunos, quando cursavam o 12º período de Medicina, com sete perguntas relacionadas ao conhecimento da linguagem e atendimento a pacientes.
Os resultados mostraram que nenhum dos alunos tinham domínio da língua e apenas 7% possuíam alguma habilidade. Destes, a motivação encontrada para aprender foi a proximidade com deficientes auditivos, o interesse em romper a barreira da comunicação entre os profissionais de saúde e surdos ou a curiosidade. Mostra também que a maioria deles não sabia da existência da disciplina optativa “Fundamentos de Libras” disponibilizada pela UFMG, e que escreveriam, desenhariam ou fariam mímicas caso precisassem atender um deficiente auditivo.
O artigo completo pode ser lido em https://goo.gl/8r87P2 ou pelo DOI https://doi.org/10.11606/issn.1679-9836.v96i4p209-214.
Tadeu Nunes (4toques comunicação)
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