Nesta quinta-feira, 07, aconteceu o Diálogos ABEC, com o tema “Por que revistas científicas devem divulgar ciência?”. A apresentação deste painel foi feita por Germana Barata, coordenadora da Especialização em Jornalismo Científico da Unicamp e 1ª secretária da ABEC Brasil, e Natália Flores, gerente de Conteúdo da Agência Bori.
No início de sua explanação, Germana fez uma introdução sobre a importância das revistas divulgarem a ciência. Dentro desse assunto, pontuou: “Em média, um artigo de acesso restrito sobre Covid-19 recebeu em torno de 45,4 pontos de atenção social nas redes sociais, enquanto um artigo de acesso aberto do mesmo tema recebeu em média 117 pontos. Com isso, podemos ver que o acesso aberto permite maior uso da informação e, portanto, maior atenção social nas redes sociais”, acrescentou citando um estudo de Daniel Torres-Salinas, da Universidade de Granada, e colegas.
Ainda nessa vertente, Germana falou sobre a altimetria e que esta permite qualificar o tipo de citação recebida. Além disso, ainda apresentou revistas de prestígio internacional que possuem grande número de seguidores nas redes sociais Facebook e Twitter e trouxe exemplos de postagens que interessam o público que vai além do especializado.
Durante a apresentação ainda mostrou as principais redes sociais e enfatizou a importância do whatsapp: “Não podemos esquecer que hoje o whatsapp é a maior rede social utilizada no Brasil. É interessante considerar criar um material que pode ser usado tanto para uma quanto para outra rede social, como por exemplo, criar um conteúdo para o Instagram que também pode ser compartilhado no whatsapp”, disse.
Após a introdução, Natália explicou um pouco sobre o trabalho da Agência Bori. “O Brasil está na lista de 15 países que têm maior produção científica, e isso é muita coisa. A Bori vai fazer essa ponte, trazer conhecimento para os jornalistas, fazendo esse diálogo entre as duas pontas. É uma vitrine da ciência brasileira”, pontuou.
Natália também evidenciou porque a Bori divulga a ciência para a imprensa: “Justamente porque também estamos de olho nas tomadas de decisões, no impacto público e na tomada de decisões coletivas em relação a políticas públicas baseadas em evidências científicas”, disse.
Juntas, Germana e Natália, também apresentaram dicas do que usar nas redes sociais. Entre essas dicas, as apresentadoras evidenciaram: uso de hashtags; marcação de perfis; uso de fotos, vídeos e gifs; o compartilhamento do link do DOI no artigo; e a curadoria de conteúdo. “Para estar na rede social é preciso cultivar e ampliar constantemente esta rede”, pontuou Germana.
No final da apresentação, as jornalistas de ciência realizaram duas atividades com os participantes para sensibilizá-los para a importância de um bom título e para ajudar na definição de quais veículos publicar determinados resultados de pesquisa. O momento final foi reservado a responder as dúvidas e questões dos mais de 200 participantes.