O estudo “Promover a inclusão e a equidade no Ensino Superior: este é o papel da Educação à Distância no Brasil?” investiga como as matrículas atingiram um rápido aumento no ensino superior à distância (EAD) no Brasil e avalia se tem promovido inclusão, equidade e qualidade, conforme disseminado pelo Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 4 (ODS 4) e pelo Plano Brasileiro de Educação (PNE).
A pesquisa documental foi realizada com base em dados sobre acesso, qualidade e equidade, por meio de variáveis como matrículas, marco regulatório, avaliação da qualidade, custo da educação, renda estudantil, gênero e etnia.
O crescimento da EAD tem sido global, com cerca de 21,3% das matrículas em todo o mundo, aumento que faz parte da massificação do ensino superior.
A pesquisa mostra que as matrículas EAD aumentaram nos últimos dez anos a uma taxa média de cerca de 12% e 29% do total de matrículas no ensino superior. O aumento foi acompanhado de maior inclusão e equidade, em razão da flexibilidade das aulas, custo e ampla oferta de cursos, em compasso com a massificação do ensino superior.
Porém, há problemas na oferta limitada de cursos por áreas de conhecimento e no conteúdo pedagógico. Além disso, há uma concentração de matrículas em poucas instituições privadas com fins lucrativos, o que afeta a qualidade do ensino, conforme resultados do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (ENADE).
O artigo fornece uma visão de que a EAD amplia o acesso no ensino superior no Brasil de forma relevante. No entanto, destaca a necessidade de políticas públicas que tratem da oligopolização da EAD e de estratégias de avaliação em compasso com a educação digital.
Confira o estudo na íntegra em: https://www.scielo.br/j/ensaio/a/yp7VKpyfBP4VyxnQvdwkccc/?lang=en
*com informações da SciELO