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Em novembro de 2023, os primeiros resultados desse estudo foram divulgados nos Anais do ABEC Meeting, através do artigo intitulado “Mapeamento de revistas brasileiras com práticas editoriais predatórias”. O trabalho examina as práticas que caracterizam revistas predatórias, segundo a literatura científica, e apresenta os achados iniciais do levantamento.
A pesquisa revelou dados preocupantes sobre o cenário das publicações científicas no Brasil. A análise de quase 4.800 respostas coletadas identificou 66 revistas brasileiras mencionadas em 478 denúncias como envolvidas em práticas editoriais suspeitas. Embora os resultados ainda estejam em análise, essas descobertas preliminares já servem como um alerta para a comunidade científica sobre a necessidade de adotar critérios rigorosos na escolha de periódicos para a publicação de trabalhos.
Repercussão da pesquisa
Devido à repercussão significativa do artigo, os autores foram convidados a participar de dois podcasts que discutiram em profundidade os resultados da pesquisa.
O primeiro podcast, realizado pelo programa Pesquisa Brasil, em parceria com a revista Pesquisa FAPESP, integra uma série intitulada “As Armadilhas das Revistas Predatórias”. Nele, o pesquisador Washington Segundo explica a metodologia utilizada na pesquisa, as principais queixas dos pesquisadores sobre as revistas predatórias e os desafios enfrentados na publicação científica. O episódio também aborda os próximos passos da pesquisa, que incluem a expansão do mapeamento e o aprofundamento da compreensão sobre o impacto dessas revistas no avanço científico.
O segundo convite foi para o podcast Ciência Suja, onde o episódio 7, intitulado “Publicar ou Perecer”, se dedica ao tema das revistas que adotam práticas editoriais predatórias. Durante o episódio, os pesquisadores da Coordenação Geral de Informação Científica e Técnica (CGIC) do Ibict – Bianca Amaro, Denise Andrade, Washington Segundo e Fhillipe Campos – discutem as práticas de revistas que, sob o pretexto do Movimento de Acesso Aberto, subvertem a lógica da comunicação científica para fins lucrativos. O levantamento nacional sobre a atividade de periódicos possivelmente predatórios, conduzido pelo Ibict, também é destacado como parte fundamental da discussão.