quinta-feira , 25 de abril de 2024
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Biodigestores ajudam a reduzir cerca de 40% dos gases de efeito estufa no sudeste

biodigestoresO termo “aquecimento global” há alguns anos está no vocabulário de muita gente. Mesmo daquelas que sequer conhecem a fundo a origem e as consequências deste desiquilíbrio climático que assola o planeta. Porém, o que pouca gente sabe é que entre os gases com maior potencial de causar o popular “efeito estufa” estão o metano (CH4) e o óxido nitroso (N2O), naturalmente produzidos pelo sistema digestivo dos animais, bem como pelo manejo dos seus dejetos.

Este tema foi base para o artigo “Biodigestores para a mitigação das emissões de gases de efeito estufa pela bovinocultura na região sudeste, Brasil”, publicado em 2016 na Revista de Economia e Agronegócio (V. 14, N. 1,2,3), periódico associado à Abec. O material foi produzido por Luiz Claudio Garcia Junior, economista; Marcel Viana Pires, doutor em Ciências Agrárias; e Dênis Antônio da Cunha, doutor em Economia Aplicada. Os dois últimos, vinculados à Universidade Federal de Viçosa (UFV), no Estado de Minas Gerais.

Segundo a publicação, a utilização de biodigestores é capaz de reduzir em cerca de 40% a emissão de gases de efeito estufa (GEEs). Eles nada mais são que estruturas que armazenam material orgânico [neste caso, principalmente urina e fezes de bovinos], sem qualquer tipo de contato com o ar. A alta temperatura contribui ainda mais no processo biológico dos microorganismos e, consequentemente, na geração de biogás. Assim, a estratégia traz benefícios econômicos aos produtores rurais, que podem gerar energia e outras fontes de receita, bem como contribuir ao ecossistema.

O trabalho traz o número de bovinos presentes na região sudeste, conforme dados do Censo Agropecuário (IBGE 2006), bem como cálculos de emissão dos gases produzidos por estes animais. Ao final, os autores concluem que de fato os biodigestores representam importante alternativa para a redução de gases poluentes. Porém, seria necessário maior investimento público e apoio técnico aos produtores para viabilizar a utilização deste processo no campo.

Igor Medeiros (4toques comunicação)

comunicacao@abecbrasil.org.br

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