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Analisar situações de trabalho é de extrema importância para que se compreenda os processos e tensionamentos entre produção e negação no mundo contemporâneo. Em meio a tantos problemas no mercado, estudos surgem para que possamos observar os movimentos de lutas de trabalhadores e para que se proponham estratégias de intervenção e enfrentamentos ético-políticos destes contratempos.
Para isso, os doutores João Batista de Oliveira, Soraya Rodrigues Martins e Fernando de Oliveira Vieira elaboraram o estudo “Trabalho vivo como apropriação do inapropriável e criação de formas de vida”, publicado na Revista Trabalho (En)Cena, v. 1, n. 1, de janeiro-junho de 2016, periódico associado ABEC.
No artigo, foram analisadas e articuladas algumas noções de trabalho vivo com a produção de formas de vida ética e politicamente qualificadas. Para isso, foram resgatadas proposições de autores como Karl Marx (com a definição de trabalho como atividade humana transformadora), Hannah Arendt (que amplia o conceito, separando as atividades entre ‘trabalho’, ‘obra’ e ‘ação’), Christophe Dejours (onde o termo conceitua a ligação entre subjetividade, política e cultura) e Giorgio Agamben (com conceitos de vida ética e politicamente qualificada).
Os autores concluem que formas de vida são efeitos do trabalho e são produzidas a partir de experiências reais, de apropriação do inapropriável. E o pensamento crítico do assalariado permite com que haja um discernimento dos limites e do real, para compreender e articular o trabalho, o desenvolvimento da civilidade, do viver em sociedade e das obras da cultura.
O trabalho pode ser lido, na íntegra, em https://goo.gl/8Ms2fz.
Tadeu Nunes (4toques comunicação)
comunicacao@abecbrasil.org.br
