sexta-feira , 19 de abril de 2024
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Estudo analisa dados da artrite reumatoide em 1.115 pacientes no Brasil

401124-PCQN6R-266A artrite reumatoide (AR) é uma doença inflamatória crônica, que afeta a membrana sinovial, o revestimento das articulações. Mãos e pés são os principais acometidos pela condição. E mesmo se tratando de um problema comum e crônico, que aflige desde jovens a idosos, ainda existem poucos estudos científicos de vida real no Brasil, ou seja os que avaliam pacientes vistos no dia-a-dia pelos reumatologistas, fora dos ensaios clínicos.

Assim, os pesquisadores Geraldo da Rocha Castelar-Pinheiro, Ana Beatriz Vargas-Santos, Cleandro Pires de Albuquerque, Manoel Barros Bértolo, Paulo Louzada Júnior, Rina Dalva Neubarth Giorgi, Sebastião Cezar Radominski, Maria Fernanda B. Resende Guimarães, Karina Rossi Bonfiglioli, Maria de Fátima Lobato da Cunha Sauma, Ivânio Alves Pereira, Claiton Viegas Brenol, Evandro Silva Freire Coutinho e Licia Maria Henrique da Mota elaboraram o artigo “The REAL study: a nationwide prospective study of rheumatoid arthritis in Brazil” (O estudo REAL: uma pesquisa prospectiva nacional da artrite reumatoide no Brasil, em tradução livre), publicado no jornal Advances in Rheumatology, 58:9, de 2018, periódico associado da ABEC.

O estudo verificou dados de 1.115 pacientes de 11 instituições de saúde diferentes, entre os quais 89,4% são mulheres, a média de idade é de 56,7 anos e da duração da doença é de 12,7 anos. Mostrou que quase 80% dos pacientes pertencem às classes socioeconômicas média-baixa e baixa, com tempo médio de educação de 8 anos e intervalo entre sintomas e diagnósticos que varia entre 1 e 457 meses (numa média de 12 meses).

Os autores concluem que a pesquisa brasileira mostra que há diferenças notáveis entre os estudos publicados anteriormente em outros países.Destaca-se que ainda existe um grande atraso no diagnóstico e no início do tratamento adequado da AR, levando ao aumento de erosões ósseas causadas pela inflamação. Além disso, nota-se um alto percentual de pacientes com intensidade moderada e alta de sintomas, apesar da elevada frequência de uso de corticoides e de medicamentos imunobiológicos que servem ao controle da doença. Esse primeiro grande estudo de vida real oferece aos gestores de saúde pública informações relevantes para a melhor alocação dos limitados recursos de tratamento da AR disponíveis em países em desenvolvimento.

 O artigo completo pode ser lido em https://goo.gl/i9vCnE ou pelo DOI https://doi.org/10.1186/s42358-018-0017-9.

Tadeu Nunes (4toques comunicação)
comunicacao@abecbrasil.org.br

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