quinta-feira , 28 de março de 2024
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Pesquisa mostra uso da pele da tilápia na cicatrização de órgão genital feminino operado

figuraMás formações vaginais são casos raros. Dados indicam que o problema ocorre em 1 a cada 5.000 mulheres. E cerca de 90% destas são causadas pela síndrome MayerRokitanskyKusterHauser (MRKH). Ela causa aplasia nos ductos de Müller, parte do sistema reprodutivo feminino. E atualmente não existem métodos tradicionais e efetivos de tratamento.

Neste contexto, os autores Leonardo Robson Pinheiro Sobreira Bezerra, Manoel Odorico de Moraes Filho, Zenilda Vieira Bruno, Edmar Maciel Lima Júnior, Ana Paula Negreiros Nunes Alves, Andreisa Paiva Monteiro Bilhar, Maria Tereza Pinto Medeiros Dias e Livia Cunha Rios elaboraram o artigo “Tilapia Fish Skin: a new biological graft in gynecology” (“Pele de Tilápia: um novo enxerto biológico na ginecologia”, em tradução livre), publicado na Revista de Medicina da UFC (Universidade Federal do Ceará), v. 58, n. 2, de 2018, periódico associado da ABEC.

A pesquisa ressalta a necessidade de criar uma neovagina (por meio de uma cirurgia de reconstrução) que permita à mulher com MRKH ter uma vida sexual sem necessidades de utilizar dilatadores ou lubrificadores. E para isso, utilizaram a pele da tilápia no auxílio à cicatrização da vagina operada de uma paciente. O material já é utilizado em outra pesquisa da área, para o tratamento de queimaduras.

Os autores afirmam que os demais métodos de cicatrização e adaptação da cirurgia apresentam altos índices de falha e os materiais utilizados são mais caros. Mostram, no entanto, que a paciente tratada com a pele de tilápia demonstrou uma boa recuperação. Além disso, há um baixo custo e grande quantidade de material disponível. Portanto, trata-se de um meio eficaz e um grande avanço para o sistema de saúde.

O artigo completo pode ser visto em https://goo.gl/zGGDmd ou pelo DOI http://dx.doi.org/10.20513/2447-6595.2018v58n2p6-8.

Tadeu Nunes (4toques comunicação)
comunicacao@abecbrasil.org.br

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