sexta-feira , 29 de março de 2024
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Parada cardíaca e mortalidade perioperatória no Brasil

Determinados problemas de saúde são difíceis de prevenir. Além disso, a dificuldade do tratamento aumenta o risco de mortalidade. Mesmo com o avanço e toda a tecnologia da medicina moderna, a incidência de parada cardíaca (PC) e de mortalidade perioperatória no Brasil, um país em desenvolvimento, são mais elevadas em relação às dos países desenvolvidos. 

Posto isso, os autores Leandro G. Braz, Arthur C. de Morais, Rafael Sanchez, Daniela S. M. Porto, Mariana Pacchioni, Williany D. S. Serafim, Norma S. P. Módolo, Paulo do Nascimento Jr., Mariana G. Braz e José Reinaldo C. Braz produziram o artigo “Epidemiology of perioperative cardiac arrest and mortality in Brazil: a systematic review” (“Epidemiologia de parada cardíaca e de mortalidade perioperatória no Brasil: revisão sistemática”, na tradução), publicado no Brazilian Journal of Anesthesiology, v. 70, n. 2, de 2020, periódico associado da ABEC Brasil. 

A hipótese levantada nesta revisão sistemática seria que o conhecimento da epidemiologia de PC e de mortalidade perioperatória no Brasil possibilita sua comparação com a dos países desenvolvidos.

Os pesquisadores realizaram uma busca nas bases de dados PubMed, EMBASE, SciELO e LILACS para analisar os estudos observacionais nacionais que indicaram a epidemiologia de PC  e/ou de mortalidade perioperatória até 48 horas de pós-operatório. Nos oito artigos selecionados, identificou-se  maior ocorrência no sexo masculino, em extremos de idade, em pacientes em pior estado físico, em cirurgias de emergência, e em cirurgias cardíaca, torácica, vascular, abdominal e neurológica.  A doença/condição do paciente foi o principal fator desencadeante, tendo como causas principais a sepse e o trauma.

Os artigos brasileiros não mostraram  diferenças importantes na epidemiologia de PC e de mortalidade perioperatória, e de maneira geral, são semelhantes  aos dos países desenvolvidos. Nos trabalhos nacionais, a sepse apareceu como uma das principais causas de ambas as questões, diferente dos estudos de países desenvolvidos nas quais a sepse  surge apenas como causa secundária.

O texto completo pode ser acessado em https://bit.ly/3iESffi ou pelo DOI: http://dx.doi.org/10.1016/j.bjane.2020.04.014

Tadeu Nunes (4toques comunicação)
comunicacao@abecbrasil.org.br

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