sexta-feira , 29 de março de 2024
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CEC 2017: palestras do segundo dia do evento ensinaram participantes a aprimorar a qualidade de seus periódicos científicos

Auxiliar os editores a aprimorarem cada vez mais a qualidade dos seus periódicos. Foi com esse foco que aconteceu o segundo dia de atividades do XXV Curso de Editoração Científica da ABEC, que teve início com uma palestra “Como [e por quê?] otimizar publicações em OJS”, ministrada por Suely de Brito Clemente Soares, do Content Mind e membro da diretoria da ABEC.

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Suely de Brito Clemente Soares (Content Mind e ABEC)

Como otimizar publicações em OJS? – Suely provocou a plateia com algumas indagações sobre o uso das novas tecnologias (hipermídia) para aumentar o acesso às revistas digitais, como artigos e editoriais em áudio ou vídeo, inclusive disponibilizando referências com foto (com hiperlinks para lattes e ORCID), além de técnicas pra otimizar o PDF da publicação. Ela abordou o que chamou de “referências do futuro”, sugerindo o uso da ORCID – que  é um código alfanumérico não proprietário para identificar exclusivamente cientistas e outros autores académicos e contribuidores. “Nossas revistas ainda estão usando a web como impressora. Por que não disponibilizar um número de whatsapp para agilizar o contato autor-editor?”, provocou. “As revistas devem estar abertas a receber comentários de seus leitores na internet em relação aos seus artigos. No entanto, é importante exigir que eles se cadastrem no OJS (Open Journal Systems) com nome, e-mail e senha”, concluiu Suely.

DOI – A segunda palestra foi sobre “Atribuição de DOI para a publicação científica”, apresentada por Milton Shintaku, do Ibict e membro da diretoria da ABEC. Ele explicou que um DOI (Sistema que permite a identificação, localização e descrição unívoca de entidades digitais, físicas ou abstratas) não pode ser removido após ter sido

Milton Shintaku, do Ibict e membro da diretoria da ABEC.
Milton Shintaku, do Ibict e membro da diretoria da ABEC.

atribuído. Ele ainda comentou sobre o funcionamento das agências de registros e como é o processo de atribuição do DOI.  “Revistas de universidades públicas, por exemplo, têm dificuldade para fazer pagamentos no exterior, por isso a ABEC tem parceria com a Crossref para auxiliar os pesquisadores nessa tarefa. Não há cobrança de anuidade e o pagamento pode ser feito em reais”, destacou.

Shintaku lembrou que o DOI pode ser usado para identificar: revistas, fascículos, artigos, figura, tabela, anais de ventos, livros, dissertações, entre outros.

Scholar One – Ariane Fernández, da Clarivate, conversou com os participantes do CEC 2017 sobre “Uso de ferramentas específicas do Scholar One e sua influência na qualidade dos periódicos”. Entre as principais funcionalidades da plataforma, ela mencionou a possibilidade de os autores enviarem manuscritos para revisões e

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Ariane Fernández, da Clarivate

acompanharem o status desse processo. Por meio da ferramenta ainda é possível checar se o manuscrito está apto a ser considerado no fluxo de submissões e depois segue para a revisão em pares, recomendações e decisão e, por fim, a pré-produção. “O Scholar One deve estar disponível totalmente em português até o fim de 2017, mas, atualmente, mesmo ele sendo em inglês, as instruções do manuscrito podem ser inseridas em português”, observou Ariane.

Crossref – Edilson Damásio, da Universidade Estadual de Maringá, tratou dos temas “Crossmark e Cited by Linking: ferramentas do Crossref para apoio aos periódicos científicos”. Na primeira parte de sua apresentação, ele falou sobre o gerenciamento de erratas e retratações nos artigos, mudanças de conteúdo que, segundo ele, os leitores precisam saber. Damásio explicou que a plataforma Crossmark, da Crossref, revela o status do conteúdo de um item,

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Edilson Damásio, da UEM.

mostrando correções, atualizações, retratações e outros metadados úteis, como dados de financiamento e licenças, através de um botão padrão e box de informações (pop-up). “É uma ótima maneira de mostrar aos leitores informações extras ou atualizadas sobre o conteúdo que estão visualizando. A informação fica junto ao artigo e pode ser acessada mesmo fora do site do editor”, esclareceu.

Cited-by linking – Na segunda parte da apresentação, o palestrante explicou que o Cited-by linking, da Crossref fornece uma clara visão das publicações que citaram um conteúdo e permite ao editor exibir essas informações em seu site. O serviço é opcional e não há taxa para participar. “Determinar quem citou seu conteúdo pode ser difícil; Citedby fornece uma maneira de encontrar facilmente essas citações e exibir os resultados”, ponderou.

Fontes de indexação – Ao ministrar a palestra “Fontes de indexação: o que o editor precisa saber para indexar seu periódico”, Gildenir Carolino Santos, da Unicamp e ABEC comentou que para uma publicação científica, estar indexada significa estar selecionada para indexação em uma base de dados, diretório ou portal de indexação de

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Gildenir Carolino Santos, da Unicamp e ABEC

acordo a critérios de seleção próprios, cujos artigos são representados como unidades informacionais, identificados por campos de dados específicos, que podem ser recuperados individualmente ou combinados entre si. “Se a indexação determina o volume de citações, logo isso comprova que quanto mais indexado o periódico, mais promoção da visibilidade e reconhecimento na área de conhecimento ele terá, bem como garantir indicadores de produção científica”, colocou.

Gildenir ainda esclareceu que as fontes de indexação podem ser: proprietárias, públicas ou autônomas e também deu dicas de onde e como é possível indexar um periódico. Também apresentou detalhes sobre a diferença de “indexadores’ e “divulgadores”, além de citar os critérios, benefícios e vantagens da indexação. “Os editores de revistas precisam saber identificar as fontes pelos tipos; escolher os indexadores de sua área e os gerais; saber em quais podem ser aceitos de imediato, verificar os critérios e fazer a solicitação.  Quanto mais indexar, maior a visibilidade. Também é importante criar o perfil da sua revista ou periódico no Google Acadêmico e incluir o bibliotecário na sua Equipe Editorial”, recomendou.

Produção editorial: do aceite à publicação – No período da tarde, foi esse o tema que ficou sob responsabilidade de Paulo Sentelhas, da USP. Depois de apresentar um pouco da trajetória da Revista Scientia Agrícola, da Universidade de São Paulo, da qual é editor-chefe, ele falou sobre as etapas pós-aceite dos trabalhos. “É fundamental a definição do número em  que    um     dado  trabalho  deverá ser    publicado depois de aceito. Isso dependerá     basicamente do  interesse que irá despertar no público.  Sendo  um    trabalho com potencial de citação muito elevado, deverá  ser  publicado  o quanto antes, de modo que ele permaneça passível de citação pelo maio

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Paulo Sentelhas, da USP.

tempo possível”, destacou. No       entanto, o palestrante admitiu que essa  não  é uma decisão fácil, pois implicará em   remeter trabalhos submetidos  e  aceitos há    mais  tempo para  números posteriores, o que pode parecer injusto com  os autores que estão ansiando  pela publicação    de seus trabalhos e aumentar      o tempo entre submissão  e publicação.

Entre outras dicas, Sentelhas frisou a importância de os editores contarem com  um  checklist  muito bem   elaborado  no  sentido de  ajudar na identificação de problemas  dos     artigos  após   o aceite;     contar  com   programas    de plágio  tanto  na submissão   quanto no pós-aceite; contar com   a   ajuda  de  profissionais         na      língua em     que    a   revista  é publicada   de modo a  manter  um padrão  constante     de  qualidade dos trabalhos  aceito e elaborar planos    de ação  para  que    a  revista  seja    amplamente divulgada.

Profissionalização de processos editoriais – Solange Santos, do SciELO, foi até o CEC 2017 para tratar de um tema bastante relevante para a editoração científica, que é a normalização dos dados. O objetivo de sua fala foi contribuir para o desenvolvimento da pesquisa científica com ênfase no aperfeiçoamento das revistas científicas editadas no país. “Se       observada    de      uma perspectiva            mais  ampla poderemos  perceber que

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Solange Santos, do SciELO

normalização perpassa vários    aspectos   da   gestão editorial,  podendo inclusive,     fornecer  informação  relevante      sobre  o         cuidado, transparência,    boas  práticas  e  qualidade     na      gestão de procedimento  processos  editoriais”, observou.

Solange falou a respeito da composição e funcionamento  dos conselhos e processos editoriais e ainda da normalização e critérios utilizados pelo SciELO.

Divulgação científica por meio das redes sociais – Lilian Caló, da Bireme, envolveu o público presente no CEC 2017 com dados recentes sobre as vantagens do uso das redes sociais para a divulgação científica. Entre os argumentos que utilizou, a palestrante ressaltou que os pesquisadores  estão expostos à quantidades     crescentes    de informação científica publicada e as  redes  sociais podem ser   usadas para selecionar     informação relevante e como       filtros  de  conteúdo, além de serem  usadas para recomenda compartilhar  e avaliar artigos e outros conteúdos cientifico expondo à sociedade  discussões   antes  restritas à comunidade cientifica.

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Lilian Caló, da Bireme

A convidada ainda ponderou que as redes      sociais  oferecem   nova perspectivas   para    medir impacto cientifico,   fornecem  nova possibilidades, criando  formas  de  disseminação  de conteúdos  que catalisam  o processo de       publicação  e avaliação   da  ciência. Além disso,  aproximam a  ciência  de seu público-alvo,   encorajando a publicação em acesso    aberto e traduzindo conteúdos    complexos    para o  público  leigo.

Em outro momento, Lilian destacou a importância da imprensa leiga na transmissão do conhecimento médico para  a comunidade científica.

Orcid: integração com outros ID´s – Encerrando o dia de atividades, Suely de Brito Clemente Soares, do

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Suely Brito Clemente Soares também falou sobre ORCID

Content Mind e membro da diretoria da ABEC, explicou o passo a passo de como os editores científicos utilizarem as vantagens oferecidas pela plataforma ORCID (Connecting Research and Researchers), um código alfanumérico não proprietário para identificar exclusivamente cientistas e outros autores acadêmicos e contribuidores.

 

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Minicurso ProCPC – Paralelamente, foi realizada a segunda parte do Minicurso ProCPC – Ética na publicação, coordenada por Sigmar M. Rode , da Unesp e ABEC e Edson Watanabe, da UFRJ.

 

Leandro Rocha (4toques comunicação)

comunicacao@abecbrasil.org.br

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