Os microrganismos sobrevivem às mudanças naturais do mundo há milhões e milhões de anos. Diante disso, cada vez mais as bactérias se adaptam e se tornam mais fortes do que os medicamentos criados pela indústria farmacêutica.
Principalmente em ambientes hospitalares, há uma grande quantidade de pacientes em tratamento das mais variadas doenças. As Unidades de Terapia Intensiva (UTI), por exemplo, possuem enfermos em estado mais crítico, onde são necessárias a realização de procedimentos mais invasivos, como intubação, injeções etc. E isso abre margem para o surgimento das bactérias multirresistentes (BMR).
Baseado nisso, os autores Camila Caroline Wentzel Patzer, Cristófer Farias da Silva, Alzira Maria Baptista Lewoy e Rodrigo Pires dos Santos, da Universidade Estadual de Maringá, elaboraram o artigo “Georreferenciamento de bactérias multirresistentes do Hospital de Clínicas de Porto Alegre”, publicado no Journal of Infection Control, vol. 4, nº 3, na edição de julho/setembro de 2015, periódico associado da ABEC.
O estudo analisou, durante seis meses, 373 casos nos quais foram detectadas bactérias multirresistentes no Hospital das Clínicas de Porto Alegre. Destes, 41,3% tiveram resultado positivo para alguma enterobactéria produtora de enzimas capazes de destruir a molécula do antibiótico. Ou seja, que conseguiam anular os efeitos dos medicamentos.
A pesquisa conclui que a maior parte das bactérias multirresistentes foi encontrada na UTI de adultos do hospital. Por fim, mostra que é necessária a realização de ações preventivas de precaução e controle de infecção dentro dos hospitais, para reduzir a propagação das BMR, problema geral das instituições de saúde.
O artigo completo pode ser lido no link http://jic.abih.net.br/index.php/jic/article/view/111 ou pelo ISSN 2316-5324.
Tadeu Nunes (4toques comunicação)
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