Grande fonte de emissão de gases do efeito estufa é creditado à pecuária. Parte do gás metano, por exemplo, expelido no planeta se dá após um processo digestivo de herbívoros ruminantes, como os bovinos. E mais: a deposição de dejetos desses animais ainda produz óxido nitroso, que também provoca efeitos negativos na natureza.
Além disso, o lançamento de gás carbônico para a atmosfera está relacionado à troca de gases com as florestas. E as áreas de pastagens, principais vegetações utilizadas para a criação de rebanhos no Brasil, possuem uma forte troca de gases. Embora a bovinocultura apresente impacto ambiental, há formas de contornar essa realidade produzindo alimento de qualidade de forma sustentável.
E para elucidar o tema, as autoras Telma Teresinha Berchielli, Juliana Duarte Messana e Roberta Carrilho Canesin, da Universidade Estadual de São Paulo, elaboraram o estudo “Produção de metano entérico em pastagens tropicais”, divulgado na Revista Brasileira de Saúde e Produção Animal, v. 13, nº 4, de outubro/dezembro de 2012.
A pesquisa mostra que as pastagens são utilizadas para a criação de bovinos devido ao seu baixo custo de produção de alimentação. E o alimento ingerido pelos bovinos faz toda a diferença na hora da produção do metano no sistema digestivo do animal. Por isso, combater as más práticas na produção do animal é fator determinante para melhorar os números de emissão.
O artigo conclui que o ideal é seguir buscando tecnologias para reduzir a emissão do metano, através de melhorias da prática de manejo alimentar, manipulação ruminal (como a mudança na idade do abate do bovino), entre outros fatores.
O artigo completo pode ser visto em https://goo.gl/KvU42n ou pelo DOI http://dx.doi.org/10.1590/S1519-99402012000400010.
Tadeu Nunes (4toques comunicação)
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