Componentes inorgânicos presentes nas raízes vegetais são muito importantes à saúde de quem os consome. Mesmo assim, raramente são levados em conta, seja por clínicos gerais ou por nutricionistas. Por isso, estudos sobre fontes de micronutrientes são relevantes.
Pensando na questão, Fernanda Zanoni Cônsolo, Petr Melnikov, Lourdes Zélia Zanoni, José Rimoli, Anderson Fernandes da Silva e Valter Aragão do Nascimento elaboraram o artigo “Magnesium, Iron, Copper and Zinc in Vegetable Roots from Mato Grosso do Sul, Brazil” (“Magnésio, Ferro, Cobre e Zinco em Raízes Vegetais do Mato Grosso do Sul, Brasil”, na tradução livre), publicado na Orbital: The Electronic Journal of Chemistry, v. 9, n. 3, de abril-junho de 2017, periódico associado ABEC.
O estudo analisou a presença de magnésio, ferro, cobre e zinco em batata, batata-doces, mandioca, inhame e taro produzidos e consumidos em Campo Grande, capital do Mato Grosso do Sul. Os vegetais foram digeridos em uma mistura de ácido nítrico e peróxido de hidrogênio, em condição de umidade determinada previamente, para poder avaliar a quantidade de elementos traço em tais alimentos.
Os resultados demonstram que a maioria dos elementos analisados ocorre dentro da faixa estipulada por fontes internacionais e brasileiras. No entanto, comparado com médias estabelecidas, o nível do ferro em batata, batata-doce e mandioca pode ser considerado baixo. No que diz respeito ao magnésio, seu conteúdo em amostras de taro é muito mais baixo em comparação com valores estabelecidos previamente.
Dessa maneira, os metais estudados não apresentam riscos à saúde da população. Por conseguinte, as raízes tuberosas comestíveis consumidas em grande escala no Mato Grosso do Sul podem representar uma fonte equilibrada de micronutrientes essenciais.
O artigo pode ser visto, na íntegra, em https://goo.gl/NwPRHn, ou pelo DOI http://dx.doi.org/10.17807/orbital.v9i3.929.
Tadeu Nunes (4toques comunicação)
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