Perder uma pessoa querida é um processo difícil. Cada um passa pelo luto da sua própria maneira. Neste contexto, os profissionais da saúde criaram manuais específicos sobre o tema, de modo a delimitar uma duração “saudável” desta fase. E a forma como os seres humanos reagem diz muito sobre o contexto em que estão inseridos.
Assim, as autoras Renata de Morais Machado e Rachel Aisengart Menezes, ambas da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), produziram o artigo “Gestão Emocional do Luto na Contemporaneidade”, publicado na Revista Ciências da Sociedade, v. 2, n. 3, de janeiro/junho de 2018, periódico associado da ABEC.
Para verificar a abordagem do luto do ponto de vista histórico, envolvendo todo o processo saúde-doença, morte e luto, investigaram o Manual de Diagnóstico e Estatística de Transtornos Mentais (DSM), elaborado pela Associação Americana de Psiquiatria. Neste, o ciclo possui definições, com sinais, sintomas e intervenções apropriados.
A conclusão é de que o luto é um fenômeno multidimensional, presente nas relações intersubjetivas entre pesquisadores, profissionais de saúde, o doente, seus familiares e o círculo social. As autoras também afirmam que as pesquisas sobre o tema são feitas para determinar quais fatores podem colocar em risco a superação do sofrimento, sem interferir no ideal hedonista da cultura ocidental.
O artigo pode ser lido, na íntegra, em http://bit.ly/2J5QWaU ou pelo DOI http://dx.doi.org/10.30810/rcs.v2i3.622.
Tadeu Nunes (4toques comunicação)
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