A Serra Leste de Carajás, cordilheira localizada no sudeste do estado do Pará, possui diferentes tipos de vegetação. E, como é possível notar, a ação humana interfere diretamente na disposição da paisagem. A ocupação, ocorrida em diferentes períodos históricos e culturais, trouxe mudanças significativas para o local.
Neste contexto, a autora Tallyta Suenny Araujo da Silva, da Universidade Federal do Pará, elaborou o artigo “Paisagens e temporalidades em Serra Leste de Carajás”, publicado no Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas, v. 13, n. 2, de maio/agosto de 2018, periódico associado da ABEC.
O estudo apresentou o contexto de 15 cavidades com vestígios de ocupação humana recente da Serra Leste de Carajás. Destas, quatro mostraram sinais preservados das ocupações indígenas remotas e de áreas a céu aberto que serviram de acampamento ou de morada nos tempos anteriores a 1500, hoje utilizadas para pastoreio.
A autora pôde encontrar evidências de ocupações de sociedades de caçadores-coletores, de horticultores, do período da garimpagem e outros. Ela destaca ainda que a paisagem possui memórias das diferentes ocupações, de como estas podem eventualmente se cruzar e salienta a relação entre a natureza e a cultura.
O artigo completo pode ser lido em http://bit.ly/2E2pxn7 ou pelo DOI http://dx.doi.org/10.1590/1981.81222018000200005.
Tadeu Nunes (4toques comunicação)
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