A educação da zona rural é diferente da urbana. Tanto os ensinamentos em sala de aula como as impressões pessoais de professores e alunos sobre a vida possuem suas particularidades. E os valores e significados que são dados às escolas rurais criam uma representação simbólica – que não necessariamente condizem com a verdade. No entanto, quem convive nestes espaços apresenta impressões mais próximas da realidade.
Neste contexto, as autoras Danielle Angélica Assis e Sandra Cristina Fagundes de Lima, ambas da Universidade Federal de Uberlândia, produziram o artigo “Heróis sem nome: representações sobre o espaço rural e o urbano, as escolas rurais, as professoras e os alunos (Uberlândia-MG, 1950 – 1980)”, publicado na Revista Brasileira de História e Educação, v. 19, de 2019, periódico associado da ABEC.
O artigo busca compreender as significações das professoras das escolas rurais de Uberlândia, em Minas Gerais, e das elites locais sobre o espaço rural e urbano, as escolas rurais, professoras e alunos. Para isso, consultaram jornais, atas do Legislativo e das instituições de ensino do campo, livros didáticos, cartilhas, cadernos escolares, fotografias e narrativas de seis docentes.
Os resultados mostram como essas representações contribuem para construir o papel das professoras rurais. Por um lado, são eleitas como agentes de civilização. Por outro, são desprestigiadas. As escolas rurais também apresentaram uma ambivalência: instituída como espaço de civilização do homem do campo e, ao mesmo tempo, núcleo de resistência e cultura.
O artigo completo pode ser lido em http://bit.ly/34No7rT ou pelo DOI: https://doi.org/10.4025/rbhe.v19.2019.e049.
Tadeu Nunes (4toques comunicação)
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