O fenômeno da desinformação põe em risco a democracia. O avanço das tecnologias e da internet facilita a disseminação das informações, sejam elas verdadeiras ou não. A propagação de notícias falsas no Brasil vem aumentando cada vez mais.
A respeito disso, foi produzido o editorial “Infodemia, desinformação e os enunciados performativos: como os editores podem enfrentar tais problemas”. O pesquisador Eli Lopes da Silva e a pesquisadora Nadi Helena Presser têm o objetivo de indicar a gravidade da desinformação não apenas pela falsidade, mas pela dificuldade de se desfazer com o tempo.
A pesquisa também aponta o problema do sujeito se valer de seu Estatuto para pronunciar enunciados performativos em favor da desinformação. Para a realização do estudo foi levado em consideração o significado da palavra “infodemia” que seria o excesso de informação sobre determinado tema, por vezes incorreta e propagada por fontes não verificadas e pouco
confiáveis.
Os pesquisadores abordaram alguns fatores que podem auxiliar na disseminação das informações falsas: Democratização da criação de conteúdo: os usuários não dependem mais de grandes produtores para criar seu próprio conteúdo. Existem inúmeras ferramentas que transformam o leitor em produtor; Ciclo rápido de notícias e incentivos econômicos: os ganhos de receitas geradas com anúncios tornam a publicação interessante do ponto de vista econômico; Alcance amplo e imediato: conteúdos gerados localmente têm um alcance global; Filtros ou bolhas criadas intencionalmente: os chamados “filtros bolhas” são os filtros baseados na experiência do usuário; Curadoria algorítmica e falta de transparência: algoritmos que definem o conteúdo a ser exibido em feeds de notícias; programas que determinam a ordem das postagens para um usuário, dentro outros fatores.
Para conferir o material completo, acesse o DOI:
http://navus.sc.senac.br/index.php/navus/article/view/1501