Em 22 de abril de 1970, um protesto nas cidades americanas de Washington, Nova York e Portland quis chamar a atenção de toda a população mundial para os impactos da poluição. A manifestação ocorreu em um fórum ambiental, que reuniu cerca de 20 milhões de pessoas. A data ficou marcada como o Dia da Terra. Desde então, a cada ano um assunto é escolhido para ser o carro-chefe dos debates ambientais. Em 2023, o tema é “Investir no nosso planeta”. E é exatamente o que a CAPES faz, ao financiar estudos de combate à poluição e de compreensão da biodiversidade brasileira.
O químico Bruno Mena Cadorin é um exemplo disso. Durante a pós-graduação, o ex-bolsista da CAPES no mestrado e doutorado desenvolveu um procedimento pioneiro no País para tratar a poluição de rios. A partir de uma tecnologia limpa, ele criou purificadores que dispensam o uso de produtos químicos. “Quando aplicado no tratamento de efluentes líquidos, o plasma utilizado é capaz de degradar compostos orgânicos, promovendo um real tratamento do rio, uma vez que não ocorre a geração de resíduos secundários como o lodo”, explica.
Fernanda Ramos Fernandes de Oliveira, também bolsista da CAPES, do curso de doutorado em Evolução e Diversidade, na Universidade Federal do ABC (Ufabc) e no Laboratório de Ecologia e Gestão Costeira (Legec) da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), pesquisa o impacto da urbanização na macrofauna de praias arenosas. “A urbanização causa diversos impactos no litoral. Além de afetar os animais nos ambientes costeiros, resíduos produzidos são levados para o mar, alcançando os animais marinhos”, argumenta. Em sua avaliação esses impactos podem ser minimizados com bons projetos de gestão costeira, auxílio da própria sociedade e o trabalho de educação ambiental.
Os principais Programas Ambientais da CAPES
A CAPES tem diversas ações que financiam a formação voltada ao meio ambiente, dentre as principais estão o Programa de Desenvolvimento da Pós-Graduação (PDPG) na Amazônia Legal para consolidar e promover o desenvolvimento científico e tecnológico da região, contribuindo para o equilíbrio regional da pós-graduação brasileira, o Programa de Apoio ao Desenvolvimento da Região Semiárida Brasileira (PDPG – Semiárido), que incentiva projetos de desenvolvimento da Agroindústria e da Biotecnologia da região, o Programa Antártico Brasileiro (ProAntar), criado em 1982, para expandir o conhecimento científico no continente gelado e compreender os fenômenos que ali ocorrem e sua influência sobre o território brasileiro, além do Programa de Desenvolvimento da Pós-Graduação Recursos do Mar, uma parceria entre a CAPES e a Secretaria da Comissão Interministerial para os Recursos do Mar (SECIRM) do Ministério da Defesa, que visa ampliar a capacidade nacional de utilizar, de forma sustentável, os Recursos do oceano, contribuindo para o desenvolvimento de pesquisas, técnicas, produtos, serviços e inovações, através do apoio a projetos voltados à formação de recursos humanos altamente qualificados e ao desenvolvimento de pesquisa acadêmico-científica, no âmbito dos Programas de Pós-Graduação (PPGs) stricto sensu acadêmicos, que possam contribuir efetivamente para a investigação científica relacionada ao uso sustentável dos recursos da Amazônia Azul.
*com informações do CAPES