quinta-feira , 25 de abril de 2024
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Reajustes precisam ser mais periódicos, diz presidente da CAPES

Reajuste e possíveis novos aumentos nos valores das bolsas de estudo, melhoria da educação básica brasileira com a formação de professores, mudanças climáticas e o futuro do planeta e o espaço da mulher na ciência. Esses foram os principais temas abordados por Mercedes Bustamante, presidente da CAPES, em entrevista ao programa Brasil em Pauta, da TV Brasil, que foi ao ar na edição do último domingo, 12 de março.

No papel de gestora, ela disse ser sua intenção não esperar outros 10 anos para reajustar valores — antes do aumento deste ano, já com Mercedes Bustamante à frente da CAPES; a última atualização havia sido em 2013. “A bolsa tem um papel muito importante na indução e na manutenção de jovens pesquisadores na carreira científica”, disse. “Esperamos que daqui para frente possamos contar com a implementação de reajustes mais periódicos e que consigam acompanhar um pouco mais o custo de vida no Brasil”. Ter uma política de atualização de valores, observou a presidente da CAPES, seria um meio para atrair e fixar pesquisadores no País.

Essa qualificação de pessoal, observou Bustamante, se dá também para a educação básica. A formação de professores para esse nível de ensino virou um dos ramos de atuação da CAPES em 2007. “O que a CAPES faz agora com a educação básica é exatamente o mesmo processo que fez na pós-graduação. A melhoria na capacidade de pessoal que atua na educação básica vai ser central para elevar a qualidade do ensino básico brasileiro”, explicou.

Já no papel de cientista especializada em questões ambientais, Mercedes Bustamante destacou o enfoque do governo para a área. Isso porque Luiz Inácio Lula da Silva representou o Brasil na 27ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP 27), no Egito, em novembro de 2022, antes mesmo de seu mandato começar. A presidente da CAPES observou que “o Brasil é um país tropical, com uma área quase que continental, e tem biomas muito ricos em biodiversidade e carbono” e “pode contribuir para duas das grandes agendas ambientais: a perda de biodiversidade e a questão das mudanças climáticas”. Ela ainda disse ser importante para o País priorizar o uso de energias renováveis, como forma de impulsionar a economia com um olhar para a sustentabilidade.

Por fim, como uma mulher que prosperou na carreira científica, Bustamante disse ser necessário tornar o ambiente da academia “mais acolhedor e mais receptivo” para as mulheres. Não aproveitar a capacidade intelectual feminina, frisou, é “abrir mão de 50% dos cérebros do País”. Ter um recorte de gênero mais equitativo nas posições de destaque trará uma diversidade maior no pensamento e mais possibilidades para que o Brasil consiga enfrentar problemas nacionais e globais, como pobreza e mudanças ambientais, explicou a presidente da CAPES.

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