A saúde sexual dos jovens e adolescentes é um tema constantemente em pauta na área da saúde pública. A implementação de um programa educacional voltado ao ensino de assuntos ligados à sexualidade dentro do ambiente escolar é uma proposta bastante desafiadora, ao mesmo tempo em que é defendida como método de educação eficiente e seguro.
No artigo “Ações na área da sexualidade adolescente sob a perspectiva do programa Saúde na Escola: visão dos profissionais de saúde”, escrito pelos pesquisadores Ana Paula Carvalho, Jéssica Gomes, Isabella Gomes, Gustavo da Silva, Albertino Ferreira Neto, Nayanne Bringel, Mônica de Melo e Félix Soares, o tema é abordado pelo ponto de vista dos profissionais de saúde, através de uma análise acerca das ações promovidas pelo Programa Saúde na Escola, no âmbito da sexualidade na adolescência.
No estudo, publicado na Revista de Atenção Primária à Saúde (APS), periódico associado à ABEC – Brasil, o método escolhido foi a abordagem qualitativa, exploratória e descritiva. Sua realização se deu com 12 agentes comunitários de saúde, dois enfermeiros e um médico que atuavam na Unidade de Saúde da Família do Bairro Dom José Rodrigues, em Juazeiro, Bahia, que respondiam a uma entrevista semiestruturada com amostra qualitativa do tipo não-probabilística, intencional, por exaustão. Prontos, os depoimentos foram analisados por meio da análise de discurso.
A conclusão observada pelo grupo de pesquisadores foi que a temática sexualidade na adolescência ainda traz estigmas que não foram rompidos pelos profissionais de saúde, dificultando a abordagem com os adolescentes. Atrelada a isso, a escassez de capacitações torna o programa (Saúde na Escola) de cunho curativo. Entretanto, os profissionais de saúde apontam possibilidades promissoras, mesmo reconhecendo que não possuem preparo e que há deficiência na assistência das gestões. “A parceria entre escola e unidade de saúde proposta pelo programa oportuniza o acesso do adolescente ao conhecimento e cuidados com a sua saúde, tornando-o um sujeito capaz de adotar posturas responsáveis”, traz trecho do trabalho.
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