Os impactos da ação nociva do homem no meio ambiente, em especial nas florestas, cada vez mais têm feito com que animais selvagens migrem para a zona urbana. Com isso, aumentam os riscos de transmissão de determinadas doenças.
Os gambás sul-americanos são os hospedeiros definitivos de Sarcocystis falcatula, Sarcocystis neurona, Sarcocystis speeri e Sarcocystis lindsayi. Essas espécies de Sarcocystis, que podem causar doenças parasitárias em aves e mamíferos, são morfologicamente similares, mas são distinguidas entre si por sua capacidade de produzir sintomas e desenvolver infecções em hospedeiros intermediários (aves e camundongos com baixa imunidade).
Para se aprofundar no tema foi elaborado o artigo: “Revisão sobre Sarcocystis spp. excretados por gambás (Didelphis spp.) no Brasil”, de autoria dos pesquisadores Samantha Yuri Oshiro Branco Valadas e Rodrigo Martins Soares, do Departamento de Medicina Preventiva e Saúde Animal da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (USP), e David Scott Lindsay, do Department of Biomedical Sciences and Pathobiology, Center for Molecular Medicine and Infectious Disease, Virginia-Maryland Regional College of Veterinary Medicine do Virginia Polytechnic Institute and State University. O trabalho foi publicado no número especial sobre Animais Selvagens do Brazilian Journal of Veterinary Research and Animal Science, da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP.
Os gambás são animais silvestres, sinantrópicos e amplamente distribuídos no território nacional. Estudos anteriores demonstraram uma alta contaminação ambiental com esporocistos de S. neurona em diversas regiões brasileiras. Este artigo revisa informações sobre Sarcocystis spp. excretados por gambás e sua ocorrência no Brasil.
De acordo com a publicação, é muito importante para a literatura nacional que sejam realizados estudos adicionais sobre a transmissão por gambás do Sarcocystis spp no país. “Isso ajudará a aprimorar o conhecimento da estrutura genética da população Sarcocystis spp e sua relação com diferentes hospedeiros”, cita trecho do estudo.
O artigo, na íntegra, está disponível em:
http://www.revistas.usp.br/bjvras/article/view/108143
Leandro Rocha (4toques comunicação)
comunicacao@abec.org.br