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Problemas de saúde bucal são muito comuns, principalmente em países em desenvolvimento. A cárie, por exemplo, é uma das doenças bacterianas mais presentes entre a população brasileira. E o flúor pode auxiliar no combate à enfermidade. Uma maneira efetiva de aplicar o tratamento em larga escala é a fluoretação da água, técnica utilizada pela Saúde Pública há alguns anos.
Para analisar o fenômeno, os autores Ana Paula Ferreira Marques, Ariane Ferraz, Lund Godinho Lima Netto, Rafael Gomes Ditterich, Flavia Maia Silveira, Ângela Scarparo Caldo-Teixeira, Maria Isabel Bastos Valente, Roberta Barcelos Pereira de Souza e Andréa Videira Assaf elaboraram o artigo “Access to fluoridated water: an overview since its implantation in a city of Rio de Janeiro State, Brazil” (“Acesso à água fluoretada: uma visão geral desde sua implantação em uma cidade do estado do Rio de Janeiro, Brasil”, na tradução livre), publicado na Revista Brasileira de Odontologia, v. 75, de 2018, periódico associado da ABEC.
O estudo avalia o cenário da fluoretação em Nova Friburgo, no estado do Rio de Janeiro. Para isso, foram coletadas 2.297 amostras de águas entre 2011 e 2017, em 21 locais diferentes da cidade, analisadas pelo método eletrométrico (no qual é inserido um eletrodo para medição do nível da substância presente na amostragem) e classificadas com base nas concentrações nacionais recomendadas de flúor.
Os autores verificaram que apenas 688 (29,95%) amostras estavam dentro da faixa recomendada. Observaram também que os locais mais próximos da região central da cidade eram constantemente fluoretados e a maioria das amostragens estava de acordo com os parâmetros recomendados pelo Centro Colaborador do Ministério da Saúde em Vigilância da Saúde Bucal (CECOL) da Universidade de São Paulo (USP).
Além disso, foi possível ver que as amostras coletadas nos bairros periféricos foram consideradas subfluoretadas, sinalizando uma ineficácia na prevenção da cárie. Portanto, Nova Friburgo apresentou uma deficiência clara na manutenção do nível do flúor em concentrações adequadas, o que reforça a importância do controle da medida como parte de uma ação da vigilância na atenção à saúde bucal.
O artigo completo pode ser lido em https://goo.gl/m8FFMG ou pelo DOI http://dx.doi.org/10.18363/rbo.v75.2018.e1124.
Tadeu Nunes (4toques comunicação)
comunicacao@abecbrasil.org.br
