Apátrida significa aquele que não possui pátria, sem nacionalidade. E se tornar um mostra-se uma experiência fundamental para que os escritores estabeleçam uma relação com a literatura e com a linguagem que vão utilizar. E traduzir, neste sentido, é a essência do sujeito que não habita mais uma única realidade linguística. Ou seja, um apátrida.
Para discutir a experiência da tradução, o autor Ulisses Augusto Guimarães Maciel elaborou o artigo “Tradução: uma experiência entre línguas”, publicado na Revista caleidoscópio: linguagem e tradução, v. 1, n. 1, de 2017, periódico associado ABEC.
O artigo busca discutir as implicações de uma existência apátrida na formação do pensamento e na construção de uma literatura capaz de revelar os limites da linguagem como ferramenta de composição da realidade com base na filosofia de Vilém Flusser (do existencialismo e filosofia da linguagem) e da literatura beckettiana (de visão humana pessimista e crítica à modernidade).
O autor conclui que no encontro entre duas línguas, durante o processo de tradução, novas perspectivas do mundo se revelam. Dessa maneira, o ato transcende os limites de uma determinada realidade linguística e essas transformações impõem aspectos mais amplos de significação e riqueza.
O artigo completo pode ser lido, na íntegra, em https://goo.gl/3XGuZP.
Tadeu Nunes (4toques comunicação)
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